No passado dia 17 de Julho a Acção Animal distribuiu mais de 500 panfletos pelo fim das touradas em Portugal e pelo respeito aos milhares de touros que são anualmente torturados em nome do entretenimento e da tradição.> >
O Pedro, uma das pessoas que recebeu o nosso panfleto, disse que estava indeciso sobre a sua posição em relação às touradas, devido à sua importância em manter a espécie do touro bravo.>
Esclarecemo-lo na altura mas ficam aqui os argumentos que certamente > serão úteis para outras pessoas.> >
Os proprietários das ganadarias mantêm os touros nos seus terrenos, não porque tenham uma grande consciência ecológica e ambiental, mas porque daí retiram dinheiro. Muito dinheiro. No dia em que os touros deixarem de ser vendidos a 2000 euros cada, cerca de 2600 animais por ano (DN, 2007), e deixarem de receber subsídios locaism nacionais e europeus para a criação de touros de lide, os proprietários das ganadarias rapidamente se esquecerão de qualquer importância ecológica ou da biodiversidade do touro bravo.> >
É esta a principal, senão a única, verdadeira razão para a continuação > das touradas no nosso país - interesse económico.> >
É claro que, para desculpar o indesculpável, atiram para os olhos o facto de se querer proteger uma espécie. Mas nem o touro bravo é uma espécie nem a extinção desta raça é irremediável e obrigatória quando as touradas acabarem.> >
Nada impede o Estado português de criar parques naturais ou outras soluções viáveis para a conservação destes animais.> >
O que não pode nunca acontecer é justificarmos o sofrimento e morte de > um ser com a capacidade de sofrer para o poder "conservar".> >
A conservação do panda passa por espetar bandarilhas no seu dorso? A recolocação do lince ibérico na Península Ibérica passa por o pegarmos de caras?> >
A conservação de espécies / raças, não é argumento para continuar a haver touradas. É um papel que tem de ser assumido pelos portugueses e pelo Estado e não por empresas que da exploração desses animais retiram avultados lucros.> >
Existe outro argumento frequente, que é o da conservação dos ecossistemas, mas este é ainda mais frágil. É que estamos a falar de um animal totalmente domesticado, que só existe por selecção artificial de características de interesse. Isto significa que um touro bravo é totalmente substituível senão supérfluo na manutenção dos montados portugueses.> >
Voltamos então ao único argumento de peso para a manutenção das touradas. Os interesses económicos. Interesses esses que vivem de um espectáculo que promove a ideia de que existe justiça e igualdade em colocar um animal num local estranho e com regras definidas pelos humanos; que coloca animais numa luta que estes não desejam entrar (mas são forçados a isso); que vive da diabolização da imagem de um herbívoro territorial e faz disso um espectáculo de entretenimento.> >
É vital rejeitarmos esta visão subvertida da realidade. É preciso dizer que a tourada não é uma fatalidade e que podemos acabar com uma das formas mais indignas e desumanas de tratamento dos animais da actualidade. É incontornável assumirmos este como um dos principais objectivos do movimento de defesa e de direitos dos animais.
> > Hugo Evangelista - Biólogo> Acção Animal> >
> --~--~---------~--~----~------------~-------~--~----~>
Esta mensagem foi-lhe enviada por se ter inscrito na mailing-list da Acção Animal.>
As mensagens para este grupo devem ser enviadas para
accaoanimal@googlegroups.com.
Todas as mensagens serão moderadas. >
Se não deseja receber mais mensagens deste grupo basta enviar um e-mail em branco para accaoanimal-unsubscribe@googlegroups.com>
Para ver o arquivo de mensagens já enviadas, por favor consulte
http://groups.google.com/group/accaoanimal